São Silvestre 2025 entra para a história com 100ª edição marcada por emoção e alto nível técnico
A Corrida Internacional de São Silvestre 2025, realizada nesta quarta-feira (31), entrou definitivamente para a história do atletismo mundial ao completar 100 edições. O evento, tradicionalmente disputado nas ruas de São Paulo, reuniu milhares de corredores profissionais e amadores, além de atletas de elite de diversos países, consolidando mais uma vez seu status como a prova de rua mais tradicional do Brasil.
A edição centenária foi marcada pelo domínio africano nas categorias de elite, tanto no masculino quanto no feminino, mas também teve motivos de comemoração para o Brasil, que voltou a subir ao pódio com representantes entre os três primeiros colocados.
Prova feminina: tanzaniana conquista título e brasileira se destaca
Na elite feminina, a vitória ficou com a tanzaniana Sisilia Ginoka Panga, que manteve ritmo forte ao longo dos 15 quilômetros do percurso e cruzou a linha de chegada na primeira colocação. Demonstrando preparo físico e estratégia, a atleta africana se destacou desde os quilômetros iniciais e confirmou o favoritismo na parte final da prova.
O segundo lugar ficou com a queniana Cynthia Chemweno, que tentou acompanhar o ritmo da líder, mas não conseguiu reduzir a diferença nos metros decisivos.
A grande notícia para o atletismo nacional foi o terceiro lugar da brasileira Núbia de Oliveira, que voltou a ser a melhor atleta do país na São Silvestre, repetindo o pódio conquistado na edição anterior. A corredora confirmou a boa fase e mostrou regularidade em uma das provas mais disputadas do calendário internacional.
Elite masculina tem chegada emocionante e brasileiro no pódio
A disputa masculina foi uma das mais emocionantes dos últimos anos. O etíope Muse Gizachew garantiu o título da 100ª São Silvestre após uma arrancada decisiva na reta final, superando o queniano Jonathan Kipkoech, que liderou boa parte da prova.
O brasileiro Fábio Jesus completou o percurso em terceiro lugar, garantindo presença no pódio e sendo amplamente aplaudido pelo público presente na Avenida Paulista. O resultado é considerado um dos melhores desempenhos recentes do Brasil na categoria masculina da competição.
Brasil volta ao pódio e reforça potencial no atletismo de rua
Mesmo com a hegemonia africana nas primeiras posições, a presença de atletas brasileiros entre os três melhores foi um dos pontos mais celebrados da edição centenária. Especialistas avaliam que os resultados refletem evolução técnica, apesar das dificuldades estruturais enfrentadas pelos corredores nacionais.
Após a prova, atletas brasileiros destacaram a importância de investimentos em formação, apoio técnico e calendário competitivo para que o país volte a brigar com mais frequência por títulos na São Silvestre e em outras provas internacionais.
Edição histórica reuniu milhares de corredores nas ruas de São Paulo
Além das disputas de elite, a São Silvestre 2025 contou com a participação de dezenas de milhares de corredores amadores, que transformaram as ruas da capital paulista em um grande palco de celebração esportiva.
O clima festivo tomou conta da cidade desde as primeiras horas da manhã, com torcedores espalhados pelo percurso, especialmente nos pontos mais tradicionais, como a Avenida Paulista e a região central.
A prova também contou com categorias especiais, incluindo atletas com deficiência e cadeirantes, reforçando o caráter inclusivo do evento.
São Silvestre completa 100 anos como símbolo do esporte brasileiro
Criada em 1925, a Corrida Internacional de São Silvestre atravessou décadas e se consolidou como um dos eventos esportivos mais importantes do país. Ao longo de sua história, a prova acompanhou transformações sociais, esportivas e urbanas, mantendo viva a tradição de encerrar o ano com esporte e superação.
A edição de 2025 reforçou esse legado, unindo passado, presente e futuro em uma celebração que vai além da competição, envolvendo cultura, turismo e paixão pelo atletismo.
Autor: Joel Sychocki
